ANTÔNIO PIANCÓ DE LIMA - TITO

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

TREM DA VIDA - ESTAÇÃO JACAREÍ - SÃO PAULO


No dia 20 de agosto, fui a São Paulo, capital, acompanhada da minha netinha , Mariana, e do meu marido, Carlos Vilar. Fomos conhecer a nova morada do meu filho, Carlos Eduardo, o qual, por força de transferência de trabalho, lá foi residir novamente. 
Para matar as saudades, Luana, a noiva de Dudu, nos acompanhou nesta viagem.


Enquanto tirávamos fotos para registrar a nossa presença na casa de Dudu, meu pensamento se voltava para um passeio que iríamos fazer à vizinha cidade de Jacareí. Lá, nos esperava um neto de Serafin Piancó, o pai da minha prima Franciene que, carinhosamente, nos havia convidado para rever o seu pai, Francisco de Assis, o filho de Tito (irmão do meu avô) que há mais de 40 anos não nos encontrávamos.

O "Trem da Vida" estava me levando para uma nova estação. A estação de Jacareí, antiga e desativada, que resistiu ao tempo, certamente, quem sabe, para esperar a minha chegada.


Defronte da antiga estação marcamos, pelo celular, um encontro no Shopping com a nossa prima Franciene, a qual veio acompanhada da sua Tia Mercedes, irmã de Francisco, seu pai. Começamos a resgatar velhas lembranças, ali mesmo, no Shopping, enquanto tomávamos um bom café.
Estava ansiosa para rever o primo, Assis de Tito, era assim que o chamávamos quando criança e rapazinho lá nas terras da Maniçobas, onde nasceu.
Ao chegarmos à sua residência, ele, emocionado, me abraçou. Eu vi lágrimas em seus olhos, pois a minha presença na sua casa era lembrança viva de cadeiras vazias do nosso "Trem da Vida", outrora ocupadas por membros da família que desembarcaram definitivamente, deixando muitas saudades e gratas recordações.

Conversa vai, conversa vem, Assis recordava saudosamente várias passagens da sua mocidade no Vale do Pajeú, onde nasceu e passou boa parte de sua vida. Por um momento, levantou-se e foi buscar o título de eleitor do seu avô, Serafin Piancó, (o meu bisavô) e com emoção, orgulhosamente me mostrava  por tê-lo guardado até os dias de hoje.


Ele segurava o documento em suas mãos na certeza de que ele é um testemunho de suas origens. Eu ouvia com atenção, mas, vezes por outra, meu pensamento voava para a memória de Tio Benzinho, imaginando se tivesse sido possível ter feito esta visita em sua companhia, teria proporcionado a ele a maior alegria desta vida.
Assis tentou falar com Tio Neguinho em Itapetim, pelo celular, infelizmente a ligação não se completou. Ele queria contar da sua emoção de estar conosco naquele dia.
Por um instante, retirou-se da sala. Segundos depois, voltava segurando em suas mãos uma outra relíquia dos tempos do meu bisavô.
Tratava-se de uma peça do motor do engenho de moer cana (Fazenda Maniçobas),  que pertenceu a Serafin no século passado.


Enquanto ele me explicava a função daquela peça, filtro do óleo disel do motor, único pedaço do velho motor que lhe restara, eu contava para ele a homenagem que meu saudoso pai fez ao avô deles em comum, Serafin Piancó. Eu dizia para ele que quando meu pai comprou as partes da herança aos herdeiros do Engenho Maniçobas, ele havia colocado o velho motor em cima de uma plataforma, feita especialmente para ele, para que as gerações futuras não esquecessem daquele que havia sido pioneiro, naquelas terras, no desenvolvimento daquela atividade.


Quando meu pai fez a reforma no Engenho Maniçobas, Antônio Piancó (Tito) o pai deAsssis não estava mais entre nós. Coube a Tio Raimundo e a Teto, filhos de Serafin, posar para a posteridade aos pés do velho motor que, hoje, considero símbolo das nossas origens.

Foram muitas as nossas conversas, recheadas de saudades, testemunhadas pela família de Assis, por Carlos, meu marido, por Dudu, meu filho, por Luana, minha nora e pela minha neta, Mariana.
Alí reunidos estavam netos, bisnetos e tataranetas do velho Patriarca da família. Tão longe das nossas terras! O "Trem da Vida" havia nos levado do Vale do Pajeú ao Vale do Paraíba, tal qual, há muitos anos atrás, levara Francisco e seus irmãos, e agora estávamos nós, novamente, em um mesmo vagão.


Sentados, eu e Carlos ao lado de Mercedes, a filha de Tito, prima legítima do meu saudoso pai, aguardava Assis narrar as suas histórias, para começar as suas.
Da esquerda para à direita: Socorro esposa do meu primo, que também é nordestina, seguida de Mariana, Dudu, Assis e Franciene, sua filha.


Socorro, a minha prima por afinidade, casada com Assis, nos recebeu amavelmente e nos ofereceu um churrasco, para comemorar o nosso maravilhoso reencontro.
Há um terraço agradabilíssimo no primeiro andar da casa de Francisco, um maravilhoso espaço ao ar livre onde a família promove seus encontros e fazem suas comemorações.
Foram divinas as horas em que desfrutamos juntos a felicidade deste encontro. Inesquecíveis momentos para todos nós.


Francineide, irmã de Franciene, chegou poucos minutos após seu pai dar início ao saboroso churrasco, e trouxe consigo sua filhinha de mesmo nome da minha neta, Mariana. As duas priminhas logo fizeram amizade e foram brincar juntas na parte térrea da casa. Nós ficamos comendo, bebendo e conversando, e não é que esquecemos de tirar fotos dessas meninas! Não me perdoo por esta falha.


Foi uma sequência de fotos, todos queriam trazer para o nordeste o registro da alegria de estarmos juntos.
Francisco de Assis, é neto de Serafin porque é filho de Tito. Tito era irmão de João, o meu avô. Dudu, meu filho, braça sorridente o seu primo, o sobrinho legítimo do seu bisavô. 


Foi uma pena não termos conseguido reunir todos, os meninos filhos de Francisco: Fábio e Francinaldo e suas filhas Letícia e Carolina não puderam estar presentes. Dora, Lourdes e Beta as irmãs de Assis, que também moram em Jacareí, também  não puderam vir. Mas não nos faltará oportunidade. Em São Paulo, ou na Maniçobas, se Deus quiser, um dia promoveremos um encontro com todos. 
Finalmente, chegou a vez de Mercedes me contar suas histórias, que são tão delas quanto minhas, pois são relativas as nossas origens. 
Com entusiasmo ela falava sobre uma "Miudeza", uma lojinha de produtos finos que meu bisavô, Serafin, havia montado na Maniçobas. Mercedes me mostrou este lenço de seda pura e me dizia que ele havia pertencido ao meu avô paterno, João. Teria sido dessa loja do meu bisavô. Ele havia presenteado todos os filhos com um lenço de algibeira, para ser colocado no bolso do paletó. E aquele, que agora estava em minhas mãos, teria sido Zefa, sua tia, filha de Serafin, que havia lhe dado para guardar de lembrança. Pelas contas, este lenço já tem mais de cem anos. Agora pertence a Franciene, a quem Mercedes confiou a guarda.
Só não o roubei para não manchar a honra da família, rsss.


Mercedes guarda também o antigo estojo de aplicar injeções, que pertenceu ao seu pai, Antônio (Tito) e conta detalhadamente como ele havia lhe passado esta experiência, e como assumiu com competência o que ele havia lhe ensinado.





Agradeço a Deus por ter reencontrado vocês, por intermédio da minha prima Franciene. Foi Ele quem nos proporcionou a alegria de tê-los novamente participando do nosso convívio.
Ofereço esta postagem a todos aqueles a quem tanto amávamos e que já estão em outro plano, para que abençoem a nossa viagem no "Trem da Vida"  junto com todos os nossos familiares.
Parabenizo o meu primo Francisco de Assis, pela construção da sua maravilhosa família, resultado do seu esforço, juntamente com Socorro, sua esposa, os quais considero vitoriosos.
Sei que não foi fácil chegar aonde chegaram, porém nada é impossível quando se tem coragem e determinação, aliadas a uma boa formação de berço, onde o trabalho honesto sempre foi fator preponderante para subir na vida.

Clique aqui e conheça a Empresa de Francisco de Assis!
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A VELHA CASA DO MEU BISAVÔ!


Foi com imensa alegria que recebi da minha prima Franciene, a paulista de raízes nordestinas, filha de Francisco, neta de Tito e bisneta de Serafin Piancó, a foto da casa grande da Maniçobas cujo modelo é o original deixado pelo nosso bisavô.

Quando os filhos de Serafin resolveram vender a parte que lhes ficou como herança; meu pai, Antônio Piancó, comprou, e tempos depois resolveu fazer as restaurações necessárias, pois estava deteriorada face a ação de desgaste natural pelo tempo em que foi edificada.

Obrigada, prima, assim, de retalho em retalho, vamos contando a nossa história!